Tenho um texto interessante que fala um pouco sobre as condições do Acre e estados vizinhos, que pode te interessar:
http://www.sigplan.gov.br/arquivos/portalppa/23_(Termocooperacao).doc
Mas esta análise é mais completa:
MOTIVAÇÃO INICIAL / SITUAÇÃO ATUAL:
O estado do Acre, localizado no extremo oeste da Amazônia brasileira, com uma área de 153 mil km², com 10
milhões de hectares cobertos por densa floresta tropical (65,29% da área do estado), representa 3,2% da
Amazônia Legal, possuindo a maior biodiversidade do planeta. No entanto, a conformação geográfica impõe
a esse estado grandes dificuldades para integrar seu território. Não obstante os problemas existentes, é
expressiva a tradição local de movimentos sociais relacionados à preservação do meio ambiente. O Acre
possui uma área desmatada de apenas 9% e um grande acervo histórico, cultural e ambiental.
Possui uma população de 527 mil habitantes, distribuídos entre áreas rural e urbana. Na área rural vivem
aproximadamente 33,5% dessa população, entre seringueiros, colonos, ribeirinhos e indígenas. Os 66,5%
restantes ocupam o meio urbano, bastante concentrados na capital, Rio Branco.
Anteriormente ao processo de colonização, a região já se encontrava ocupada por 50 grupos indígenas.
Atualmente, observa-se a presença de 12 etnias, somando uma população indígena no estado de 9.343
pessoas. A ocupação socioeconômica do estado esteve associada, do final do século XIX ao início do século
XX, ao ciclo da borracha. Após o esgotamento desse ciclo, o estado do Acre perdeu seu dinamismo
econômico e passou a depender fortemente de subsídios do governo federal. O Programa de Desenvolvimento
Sustentável do Estado do Acre pretende dar ao estado condições de desenvolver-se com base na
sustentabilidade, não apenas ambiental e econômica, mas também das instituições e da cultura local.
O principal modal de transporte da região, o hidroviário, embora seja muito utilizado, apresenta uma
especificidade: todos os principais rios do Acre (Purus, Envira, Tarauacá, Juruá) correm paralelos entre si no
sentido sudoeste-nordeste, o que faz com que a ligação hidroviária entre Rio Branco, capital e principal
cidade, e Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade e pólo da região Norte do estado, envolva uma viagem que
excede 1.000 km, a maior parte deles no território do estado do Amazonas, na transição da bacia do rio Acre
para a do rio Juruá.
Além disso, com a proximidade dos Andes, os rios estão próximos de suas cabeceiras, o que implica grandes
oscilações nos seus níveis entre as estações seca e chuvosa. Tal fenômeno inviabiliza o tráfego de
embarcações de grande calado nos meses de verão, fazendo com que alguns municípios do estado sejam
fortemente dependentes do transporte aéreo.
Em termos de transportes terrestres, a rede rodoviária concentra-se na parte leste do território acreano,
principalmente em torno da capital. A malha rodoviária, de 2.266 km, assim se apresenta: 52% de rodovias
federais, 28% de municipais e 20%, estaduais.
A principal rodovia no estado é a BR–364, a qual promove a ligação viária entre o norte e o sul do estado e
daí para Rondônia e Mato Grosso. Tal rodovia apresenta grandes trechos não asfaltados e, principalmente no
trecho entre os municípios de Manoel Urbano e Tarauacá, sofre inundações no inverno, período de cheia dos
rios, o que a torna intransitável. Nesse período, alguns municípios passam a ser acessados apenas por via
fluvial e aeroviária.
Diante desse quadro, o governo estadual, através de um amplo trabalho de planejamento, concebeu um
programa visando ampliar e fortalecer o desenvolvimento sustentável do estado do Acre através de um
conjunto de intervenções (projetos) em áreas urbanas e florestais/rurais do estado, a saber: reaparelhamento
do DER–AC; Implantação de Aeródromos; Infra-Estrutura Portuária; Recuperação e Restauração de Teatros,
Monumentos e Sítios Históricos; Expansão do Sistema de Rádio e TV Educativa; Implantação de Centros de
Florestania; apoio a diversas aldeias indígenas; entre outras ações.
Na área social, as intervenções previstas visam principalmente dotar as áreas rurais de serviços sociais
básicos, bem como resgatar e valorizar a cultura local. Neste sentido, é prevista a implantação de Centros de
Florestania e Centros de Comercialização de Artesanato e Informações Turísticas. São previstas também
ações em oito terras indígenas, buscando resgatar sua identidade cultural e condições de sustentabilidade.
Espero que tenha te ajudado!